quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Insanidade minha, minha insanidade

"Viver um dia de cada vez. Respirar devagar, tentar esquecer. Brincar de ser feliz, fingir. Só para não te magoar, para não te ferir"


Não é simples dizer isso. Sofro com cada palavra lida, cada verso rimado. Seus olhos ainda me encantam, assim como seus pensamentos. Não consigo sentir ódio, raiva. Deveria? Creio que não. Jamais sentiria tais coisas de alguém que somente trouxe alegrias para minha vida vazia e sem cor. Infelizmente, este quadro pintado a óleo secou e rasgou, tornou-se até pior do que era antes. Vazio. Agora, está faltando uma parte. E nunca mais vai ser preenchida.

Todos dizem que sou tolo, retardado e me condenam como imbecil por dizer tais coisas, por ser sentimental. Por quê? Por que me isolo dentro de meus próprios pensamentos? Por que faço juras e promessas cheias de esperança? Sim, este sou eu. Tolo, bobo, um idiota que não consegue dar três passos sem ajudar a quem ama.

Faz dois meses que minha inspiração foi cortada, como um cordão umbilical. Não sei se isso tem relação com os recentes acontecimentos da minha triste e aparentemente curta caminhada neste plano, mas é a pura verdade. Porém o acontecimento quebrou minha esperança, minha vontade.

Será que um dia conseguirei dizer adeus direito a alguém? Será que poderei olhar para as pessoas e simplesmente deixa-las seguir seus próprios passos, sem nem ao menos ajudar, guiar? As pessoas se julgam fortes. Caem se machucam. Não consigo aceitar tal coisa. Principalmente de pessoas tão especiais.
Este sou eu. Murilo Lamegal. Vazio, incógnito. Sou uma estatua de vidro esperando para ser quebrada. Sou uma anátema para mim mesmo e para as pessoas a minha volta. Uma piada de mau gosto, um gesto obsceno. Sim, este sou eu. A interrogação, a pergunta, confusa. Sim, sou confuso, louco.

E continuo sendo eu mesmo, depois de tudo.